O que é alopécia androgenética feminina ou calvície

Alopécia androgenética feminina ou a calvície feminina é um tipo de alopécia caracterizada pelo afinamento e diminuição de densidade dos fios de cabelos. Esse afinamento progressivo dos cabelos proporciona uma visualização indesejável do couro cabeludo na região do topo da cabeça.

Qual é a causa da calvície feminina?

É uma patologia considerada genética. A interferência hormonal não é ainda bem explicada na mulher, mas o papel da dihidrotestosterona, das enzimas 5-alfa-redutases e da aromatase são importantes.

Uma mulher com predisposição genética para apresentar calvície feminina sofrerá alteração no ciclo dos seus cabelos, levando à diminuição do tamanho e espessura dos fios, notando-se assim fios finos na região do topo da cabeça.

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Como e quando ocorre a doença

A alopécia androgenética feminina ou a calvície feminina ocorre geralmente, lenta e progressivamente, podendo iniciar-se já na adolescência.  

Localização

O local de acometimento no couro cabeludo feminino é o topo (região da “coroa da rainha”), mas às vezes acomete um pouco da região posterior da cabeça também.

Geralmente a linha de implantação dos cabelos na região da testa mantém-se inalterada.

Quem sofre com a calvície feminina

Uma boa porcentagem de mulheres sofrerá com esse tipo de alopécia, em geral 50% das mulheres após os 50 anos de idade.

Mulheres mais jovens, apresentando patologias como a síndrome dos ovários policísticos, também poderão apresentar quadro clínico de calvície, associadamente à acne, hirsutismo e outros sinais e sintomas dessa síndrome.

Diagnóstico

Para auxiliar no diagnóstico dessa patologia, além da história familiar de calvície, podem ajudar no diagnóstico:
• Anamnese detalhada realizada por um Médico Dermatologista com Qualificação em Tricologia;
• Exame clínico dermatológico;
• Teste de tração (pull test);
• Tricoscopia (dermatoscopia do couro cabeludo);
• Tricograma;
• Biópsia do couro cabeludo.

Diagnóstico diferencial

Esse tipo de alopécia deve ser diferenciado de outras causas de alopécia difusa no couro cabeludo tais como:
• Eflúvio telógeno;
• Alopécia frontal fibrosante;
• Alopécia fibrosante em padrão de distribuição;
• Alopécia areata difusa;
• Líquen plano pilar;
• Alopécia de tração.

O médico dermatologista deve ficar atento, pois pode haver mais de um tipo de alopécia no mesmo paciente. Um exemplo é a concomitância de alopécia androgenética feminina e eflúvio telógeno.

Tratamento

Uma conduta importante quando surge suspeita de calvície por uma mulher, como é o caso deste texto, é marcar uma consulta médica com um Dermatologista com Qualificação na área de Tricologia. A avaliação adequada possibilitará ter um diagnóstico correto e poder tratar precocemente antes de ocorrer muito afinamento dos cabelos.

Como é um tipo de alopécia progressiva, se tratada inicialmente, o resultado deste tratamento será mais promissor.

Existem tratamentos com medicamentos tópicos (isto é, de aplicar no couro cabeludo) e sistêmicos (usados por via oral).

A utilização destes medicamentos deve ser orientada por seu médico, visto que são necessários alguns exames e orientações sobre os seus efeitos no organismo antes de usá-los.

Em caso de inflamação no local de alopécia, tal como dermatite seborréica associada, pode ser necessário o uso de medicamentos antiinflamatórios tópicos.

Em caso de queda volumosa de cabelos, devem ser pesquisadas as possíveis causas dessa perda aguda de fios.

Alisamentos e qualquer outro procedimento estético que danifique o fio de cabelo e/ou agrida o couro cabeludo devem ser evitados.